A BUSCA DE FLORBELA
"Um dia, o destino, trôpego velho de cabelo cor da neve, deu-me uns sapatos e disse-me:
-Aqui tens estes sapatos de ferros, calça-os e caminha...Caminha sempre sem descanso(...)Não pares nunca! Um dia, os sapatos hão de romper-se; deter-te-ás então.É que terás encontrado, enfim, os olhos perturbadores e profundos, a boca embriagante e fatal que há de prender-te para todo o sempre!"
Florbela escreveu este conto em 1916 e diz, adiante, que calçou os sapatos e caminhou e caminhou. O coração, ficou aos pedaços, pelo caminho. Os sapatos, ainda nos pés, e os olhos perturbadores nunca encontrados.
Talvez seja este o destino das almas inquietas: a busca incessante de um encontro pleno que só pode ser pleno na fantasia que impele a busca.
-Aqui tens estes sapatos de ferros, calça-os e caminha...Caminha sempre sem descanso(...)Não pares nunca! Um dia, os sapatos hão de romper-se; deter-te-ás então.É que terás encontrado, enfim, os olhos perturbadores e profundos, a boca embriagante e fatal que há de prender-te para todo o sempre!"
Florbela escreveu este conto em 1916 e diz, adiante, que calçou os sapatos e caminhou e caminhou. O coração, ficou aos pedaços, pelo caminho. Os sapatos, ainda nos pés, e os olhos perturbadores nunca encontrados.
Talvez seja este o destino das almas inquietas: a busca incessante de um encontro pleno que só pode ser pleno na fantasia que impele a busca.
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