Clube das Almas Inquietas

Bem vindo todo aquele que quer mais do que o cotidiano pode oferecer

terça-feira, outubro 18, 2005

Ai que saudade que eu estava de escrever mais livremente, onde escrever é como conversar com um interlocutor invisível que eu sei existir em algum lugar.
Alguém pode perguntar: Mas quem te obrigou a ser menos livre?
Eu já respondo: Meu lado não crescido.
Meu aprendizado sobre gêneros, estrutura, temas, projetos, discursos diretos e indiretos tem alimentado um tutor interno implacável e exigente, muito pouco tolerante aos erros, com a mania de hierarquizar estilos e formas em melhores ou piores. Em síntese, um chato.
Fico me sentindo como se tivesse voltado a ser adolescente - o que não é de todo mau, pensando bem - que não admitia sair de casa sem rímel, batom, brincos e perfume e fazia uma força enorme para mostrar-se séria e madura. Adulta.
Aqui estou eu, meio engessada com tudo que venho aprendendo e fazendo uma força danada para deixar de ser cronista, nome oficial de quem faz texto conversador.
O que, no fim das contas, é uma tolice. Não preciso ser só cronista ou só contista. A minha cabeça, ainda adolescente, se esquece de que a maior vantagem da maturidade é não ter de fazer e sim, escolher.

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1 Comments:

Blogger Helena said...

Com certeza, Nina. Ninguem pode abrir caminhos para nós, mas apontar direções - que seguimos ou não. Como gosto de citar: não me dêem conselhos, sei errar sozinha.

beijos rebeldes,

Helena

9:48 PM  

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