SOFTLY AS I LEAVE
Meus pensamentos não admitem seu caráter conceitual, a forma abstrata de uma idéia. Nada disso. Atropelam-se, sempre em bando,convocando imagens que se desnudam ao olhar-me para dentro. Sem muita cerimônia ou pudor, as tais imagens pipocam na tela de minha imaginação, ricas em closes abruptos,panorâmicas, lentes macro colocando em evidência pequenos detalhes que emergem Deus sabe de onde, minúcias que transformam a compreensão de toda uma cena. ( fotógrafos e cineastas: perdão pelo uso indevido de algum termo, fruto exclusivo de minha ignorância do assunto)
Não tenho um passado ou memória única. Um mesmo acontecimento pode ser totalmente ressignificado, surpreendentemente tornado novo, pela nova compreensão dos velhos fatos. O que é ou foi importante, não é esquecido. É reconstruído.
Minha mente também tem trilha sonora. Volta e meia, uma música se torna quase onipresente - trilha sonora do momento. Quando isso acontece a linha melódica - sinuosa - insiste, insinua,alinhava, tonaliza, costura e borda os tais pensamentos, dando-lhes um sentido mais denso, um relêvo inusitado.
Estes últimos dias, tenho ouvido dentro de mim o início de uma música, da qual não lembrava nem quem era o intérprete ou sua continuação, mas que insistente anunciava:
Softly, I will leave you softly
For my heart would break if you should wake and see me go
O Google, inestimável, me ajuda:
SOFTLY AS I LEAVE
Autores: Hal Shaper - Antonio Devita - Giorgio Calabrese
Softly, I will leave you softly
For my heart would break if you should wake and see me go
So I leave you softly, long before you miss me
Long before your arms can beg me stay
For one more hour or one more day
After all the years, I can’t bear the tears to fall
So, softly as I leave you there
(softly, long before you kiss me)
(long before your arms can beg me stay)
(for one more hour) or one more day
After all the years, I can’t bear the tears to fall
So, softly as I leave you there
As I leave I you there
As I leave I you there
Como com aqueles a quem amamos e precisamos nos defrontar com sua perda inevitável, há sonhos que também se vão. É necessário saber deixá-los ir.Abrir mão de uma presença para não abrir mão da vida. Abrir mão do sonho para não abrir mão da capacidade de sonhar.
O Google aponta Frank Sinatra e Elvis Presley como intérpretes conhecidos desta canção. Tenho certeza de que não é deles a voz de minha memória, identificada como uma voz feminina. Não importa. Talvez a voz feminina em minha mente seja a minha mesma, em tempos de despedida.
Suavemente, sem lágrimas.
Não tenho um passado ou memória única. Um mesmo acontecimento pode ser totalmente ressignificado, surpreendentemente tornado novo, pela nova compreensão dos velhos fatos. O que é ou foi importante, não é esquecido. É reconstruído.
Minha mente também tem trilha sonora. Volta e meia, uma música se torna quase onipresente - trilha sonora do momento. Quando isso acontece a linha melódica - sinuosa - insiste, insinua,alinhava, tonaliza, costura e borda os tais pensamentos, dando-lhes um sentido mais denso, um relêvo inusitado.
Estes últimos dias, tenho ouvido dentro de mim o início de uma música, da qual não lembrava nem quem era o intérprete ou sua continuação, mas que insistente anunciava:
Softly, I will leave you softly
For my heart would break if you should wake and see me go
O Google, inestimável, me ajuda:
SOFTLY AS I LEAVE
Autores: Hal Shaper - Antonio Devita - Giorgio Calabrese
Softly, I will leave you softly
For my heart would break if you should wake and see me go
So I leave you softly, long before you miss me
Long before your arms can beg me stay
For one more hour or one more day
After all the years, I can’t bear the tears to fall
So, softly as I leave you there
(softly, long before you kiss me)
(long before your arms can beg me stay)
(for one more hour) or one more day
After all the years, I can’t bear the tears to fall
So, softly as I leave you there
As I leave I you there
As I leave I you there
Como com aqueles a quem amamos e precisamos nos defrontar com sua perda inevitável, há sonhos que também se vão. É necessário saber deixá-los ir.Abrir mão de uma presença para não abrir mão da vida. Abrir mão do sonho para não abrir mão da capacidade de sonhar.
O Google aponta Frank Sinatra e Elvis Presley como intérpretes conhecidos desta canção. Tenho certeza de que não é deles a voz de minha memória, identificada como uma voz feminina. Não importa. Talvez a voz feminina em minha mente seja a minha mesma, em tempos de despedida.
Suavemente, sem lágrimas.
3 Comments:
Que legal q voce voltou...tava com muitas saudades dos teus textos...bjos
Iris, que bom que vc ainda passa pelo clube. vc sempre foi especial, desde o início. não sei se um dia vou voltar a escrever com a frequencia do início, mas o clube está aí, né?
um beijo grande, 2005 cheio de boas surpresas!
Nina
Como sempre um post muito coerente, para mim. Estas palavras fazem-me sempre todo o sentido do mundo. Um beijo, e um óptimo 2005. (Bom tê-la de volta!)
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