TEMPOS DE MUDA
Iris by Vincent Van Gogh
Laisinha e Fata Morgana lembram-me acerca de uma bonita música do Guilherme Arantes como sugestão de resposta à pergunta lançada no post anterior - como será o amanhã?
Apesar de bela, ela não me é pessoal, como o é uma outra, ao me indagar sobre o futuro.
Tempos Modernos foi, num momento crucial de minha vida, uma espécie de referência e apoio durante tempos mais que difíceis. Ainda é, e talvez valha a pena comentar, se conseguir vencer minha resistência a expor-me um pouco mais do que já mostram meus escritos.
Há algum tempo, passei por tempos difíceis. Tão difíceis que pensei, nas perdas perder-me de vez, ao quase perder o amor ao viver. No auge dessa crise, deparei-me com um livro que tinha como epígrafe um pequeno trecho de uma carta de Van Gogh ao irmão:
“O que para os pássaros é a muda, a época em que trocam de plumagem, a adversidade ou infortúnio, os tempos difíceis, são para nós, seres humanos. Uma pessoa pode ficar nesse tempo de muda; também pode sair dele, como que renovada.” Cartas a Théo, carta 133
Lulu Santos e Van Gogh foram meus companheiros nesses tempos. Ouvia compulsivamente as músicas de um e lia e relia as cartas de outro. Elas me ajudaram a lembrar do que eu ainda não podia saber, mas precisava acreditar que existisse: uma vida melhor no futuro.
Nos tempos de muda, o pior a ser vivido não é o sofrimento causado pelas mudanças ou perdas. O pior é a sensação de que este tempo não passa, a perda do sentido de existir, a perda da esperança.
Sobrevivi ao tempo de muda, descobrindo que, ao contrário do que eu temia, não me perdera de mim.
Eu mudara. Não preciso ser sempre a mesma para ser eu mesma.
É nesse sentido, como uma declaração de amor à vida, de manutenção da esperança, de gratidão aos tempo de muda que nos renovam que ouço:
Tempos Modernos :
Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima de um muro
De hipocrisia
Que insiste em nos rodear.
Eu vejo a vida mais clara e farta
Repleta de toda satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão.
Eu quero crer no amor numa boa
Que isso valha pra qualquer pessoa
Que realizar
A força que tem uma paixão.
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim do que não.
Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
E não há tempo que volte amor
Vamos viver tudo o que há pra viver
Vamos nos permitir.
Laisinha e Fata Morgana lembram-me acerca de uma bonita música do Guilherme Arantes como sugestão de resposta à pergunta lançada no post anterior - como será o amanhã?
Apesar de bela, ela não me é pessoal, como o é uma outra, ao me indagar sobre o futuro.
Tempos Modernos foi, num momento crucial de minha vida, uma espécie de referência e apoio durante tempos mais que difíceis. Ainda é, e talvez valha a pena comentar, se conseguir vencer minha resistência a expor-me um pouco mais do que já mostram meus escritos.
Há algum tempo, passei por tempos difíceis. Tão difíceis que pensei, nas perdas perder-me de vez, ao quase perder o amor ao viver. No auge dessa crise, deparei-me com um livro que tinha como epígrafe um pequeno trecho de uma carta de Van Gogh ao irmão:
“O que para os pássaros é a muda, a época em que trocam de plumagem, a adversidade ou infortúnio, os tempos difíceis, são para nós, seres humanos. Uma pessoa pode ficar nesse tempo de muda; também pode sair dele, como que renovada.” Cartas a Théo, carta 133
Lulu Santos e Van Gogh foram meus companheiros nesses tempos. Ouvia compulsivamente as músicas de um e lia e relia as cartas de outro. Elas me ajudaram a lembrar do que eu ainda não podia saber, mas precisava acreditar que existisse: uma vida melhor no futuro.
Nos tempos de muda, o pior a ser vivido não é o sofrimento causado pelas mudanças ou perdas. O pior é a sensação de que este tempo não passa, a perda do sentido de existir, a perda da esperança.
Sobrevivi ao tempo de muda, descobrindo que, ao contrário do que eu temia, não me perdera de mim.
Eu mudara. Não preciso ser sempre a mesma para ser eu mesma.
É nesse sentido, como uma declaração de amor à vida, de manutenção da esperança, de gratidão aos tempo de muda que nos renovam que ouço:
Tempos Modernos :
Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isso por cima de um muro
De hipocrisia
Que insiste em nos rodear.
Eu vejo a vida mais clara e farta
Repleta de toda satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão.
Eu quero crer no amor numa boa
Que isso valha pra qualquer pessoa
Que realizar
A força que tem uma paixão.
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina elegante e sincera
Com habilidade
Pra dizer mais sim do que não.
Hoje o tempo voa amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
E não há tempo que volte amor
Vamos viver tudo o que há pra viver
Vamos nos permitir.
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