ESTRANHA PLACIDEZ
Depois do dia em que me perdi de mim,
deixo-me dormitar numa caverna
fresca e penumbrosa.
Bendigo a placidez estranha
que torna indiferente a chegada e a partida,
e espalha uma neutra cor de mesmo
nos acontecimentos do dia.
Quero viver o privilégio do incomunicado,
mantendo, ao largo, por algum tempo,
anjos e demônios em seus domínios, sedados.
Ficar silente, aquietada e vazia,
numa espécie de sossego,
sem medo e sem sonho.
Poder acolher meus enigmas,
despedir-me, docemente,
de muitas certezas.
Nesse espaço dentro de mim,
hei de perguntar:
Se, de mim, realmente me perdi
ou se esqueci de me procurar.
deixo-me dormitar numa caverna
fresca e penumbrosa.
Bendigo a placidez estranha
que torna indiferente a chegada e a partida,
e espalha uma neutra cor de mesmo
nos acontecimentos do dia.
Quero viver o privilégio do incomunicado,
mantendo, ao largo, por algum tempo,
anjos e demônios em seus domínios, sedados.
Ficar silente, aquietada e vazia,
numa espécie de sossego,
sem medo e sem sonho.
Poder acolher meus enigmas,
despedir-me, docemente,
de muitas certezas.
Nesse espaço dentro de mim,
hei de perguntar:
Se, de mim, realmente me perdi
ou se esqueci de me procurar.
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