Clube das Almas Inquietas

Bem vindo todo aquele que quer mais do que o cotidiano pode oferecer

segunda-feira, julho 04, 2005

Literadúvidas


Escrever me tirou o sono esta noite. Quase ia dizendo que literatura tirou meu sono, o que seria, no mínimo, pretensioso. Refaço a frase. A pretensão tirou meu sono.
Tirou meu sono a pretensão de escrever e produzir literatura.
Imagens e diálogos afloram no sono inquieto, personagens e pessoas entrelaçados emergem de histórias vividas que se convertem em histórias imaginadas transbordando para a vigília.Pergunto-me, sem cessar, o que escrever e como contar.
Não me interessam os fatos, ambiciono os acontecimentos, aqueles que são vividos solitária e silenciosamente por cada um, descritos por um eu literário que sabe como e consente que um outro o acompanhe nessa trilha. Busco a imensidão do momento ínfimo e íntimo que colore as insignificâncias cotidianas.
Procuro o incomunicado.

Canción de las simples cosas (César Isella - Gustavo Leguizamón)

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